evém
Português[editar]
Forma verbal[editar]
e.vém
- (Bahia, Minas Gerais e Goiás) (informal) forma protética de vem, usada como equivalente às locuções "lá vem" e "já vem"
- – "Ih! Zé Bebel’? Evém ele, com gentes de nuvens gentes..." Rosa, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas.
- Subi aquela escada-de-redor, escutando a madeira nos meus passos, e avisando: – "Quem evém sou eu, minha gente!" (Rosa, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Nova Aguilar, 1994, p. 841.
- "Evém ela... Ela já sabe que mecê tá aqui, esse seu cavalo. Evém ela... tuxa morubixa. Evém... Iquente! Ói cavalo seu barulhando com medo. Eh, carece de nada não, a Uinhúa esbarrou. Evém? Vem não, foi tataca de alguã rã. Tem medo não, se ela vier eu enxoto, escramuço, eu mando embora." Rosa, João Guimarães. "Meu tio o Iauaretê". In Estas estórias. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1962.
- Derrepentemente, lá do longe, onde andava assuntando o derredor, meu papagainho esparramado, que é de muita conversa ferrou o bico no pau, subiu no galho e garrou de grito: "0lh'ele lá! Ih! Evém ele! Fasta pra lá, sombraçãozinha! Sereno, Eugênia. O Pássaro da Escuridão - Romance antigo de uma cidadezinha brasileira.
- Evém o mar crescendo, evém o mar crescendo – e aí nego correndo – e o mar crescendo, crescendo, crescendo, crescendo até o palácio! "A afilhada de Santo Antônio", conto narrado por Esmeralda Araújo Zuanny; Salvador, 18 de maio de 1986; recolhido por Doralice Fernandes Xavier Alcoforado. In Costa, Edil Silva, Comunicação sem reservas: ensaios de malandragem e preguiça. São Paulo: PUC-SP, p. 205.
- Ói, ói o trem. Vem surgindo detrás das montanhas azuis, olhe o trem. Ói, já evém. Vem trazendo de longe as cinzas do velho Aeon... Seixas, Raul. "O Trem das 7".
- Evém a Bandeira dos Polistas... num tropel soturno. Coralina, Cora. "Anhanguera". In Melhores poemas. Seleção de Darcy França Denófrio. São Paulo: Global, 2004. p. 84-86
Etimologia[editar]
Referências[editar]