Citações:ioiô

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Português[editar]

ioiô1[editar]

  • 1994, Lasse Rade, Truques, Trotes, Brincadeiras
    Os antigos gregos já se divertiam com ioiôs. Este brinquedo foi inventado na China, há algumas centenas de anos. Ele se tornou popular na França durante o século XVIII, quando alguns parisienses brincavam com ioiôs feitos de marfim.
    Em todas as diferentes épocas em que o ioiô se tornou moda, ele foi ligeiramente modificado. Nos anos 60 eles assobiavam, nos anos 70 eram feitos de porcelana. Agora, em plenos anos 90, algumas empresas ofereceram ioiôs de brinde, fazendo deste velho brinquedo novamente uma mania. Se você quiser ser o melhor do mundo a girar um ioiô, terá de ser persistente. Em 1977, segundo o Guinness Book, o livro dos recordes, foram batidos dois recordes: o americano John Winslow conseguiu ficar 120 horas com um ioiô em movimento e Allen Bussey, também americano, conseguiu movimentar — para cima e para baixo, para frente e para trás —, durante uma hora, 6886 ioiôs ao mesmo tempo.
    A coisa mais engraçada com os ioiôs é que eles saem de moda, desaparecem completamente e, de repente, voltam com tudo, tornando-se uma verdadeira mania. Há algum tempo fui a uma grande liquidação de ioiôs feita em uma loja de brinquedos perto de minha casa. Era o que faltava para eu entrar no mundo do ioiô novamente. Quando vi, durante o jantar estávamos discutindo com as crianças sobre o "Spaghetti", o "Cachorrinho" e outros truques.
  • 2003, Marly Rondan Pinto, Formação e Aprendizagem no Espaço Lúdico
    Temos muitas indústrias médias e pequenas que produzem outros tipos de brinquedos e jogos, bem diferentes dos fabricados em larga escala. Algumas delas fabricam ainda de maneira artesanal, com madeira, tecido, palha e outros materiais. São brinquedos tradicionais que resistem através dos tempos: piões, ioiôs, cavalinhos de pau, carrinhos de rolemã, arco e flecha, pernas de pau, pipas, bonecas de pano, cadeirinhas e baús.

ioiô2[editar]

  • 1884, Artur de Azevedo, O Escravocrata
    SERAFIM - Vai bem servido. (A uma das mulatas.) Faze aí um dengue, para aqui o senhor apreciar. Vamos lá! Dize assim: Ó gentes, ioiô! Mecê tem partes! (As mulatas conservam-se cabisbaixas e silenciosas.) Fala, desavergonhada!
  • 1894, Machado de Assis, Um Erradio
    Saímos; fomos até o Campo da Aclamação, que ainda não possuía o parque de hoje, nem tinha outra polícia além da natureza, que fazia brotar o capim, e das lavadeiras, que batiam e ensaboavam a roupa defronte do quartel. Eu ia cheio do discurso do Elisiário, ao lado dele, que levava a cabeça baixa e os olhos pensativos. De repente, ouvi dizer baixinho:
    — Adeus, Ioiô!
    Era uma quitandeira de doces, uma crioula baiana, segundo me pareceu pelos bordados e crivos da saia e da camisa. Vinha da Cidade Nova e atravessava o Campo. Elisiário respondeu à saudação:
    — Adeus, Zeferina.
  • 1910, Olavo Bilac e Manuel Bomfim, Através do Brasil
    — É seu irmão, ioiô? – perguntou a preta.
    — É!
    (...)
    Rompia a manhã, quando Carlos ouviu que o chamavam:
    - Ioiô! Ioiô!... Coitadinhos!
    Era a velha preta, que já haviam encontrado no trem:
    - Por que não bateram à porta? Vamos, vamos para dentro! Coitado do outro! Como está encolhidinho!
  • 1913, Lima Barreto, Diário Íntimo
    sem data
    J. R. (P. B.)
    “Quando ele caiu na cova
    Remexeu-se bem dengoso
    Os vermes logo provaram
    O gordo ‘ioiô’ gostoso”.
    Não sei de quem é.