Citações:girondino

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Português[editar]

  • 1838, Archivo popular, vol. II
    (...) O abbade Corrêa da Serra, que, durante a sua estada em França, havia conhecido e tratado este sabio, o recommendou ao duque de Lafões, e com a protecção deste o teve algum tempo escondido em hum quarto do palacio da Academia das Sciencias, onde sómente alguns sabios mais distinctos erão admittidos a offerecer-lhe consolações, e aproveitar-se de suas luzes. Este celbre naturalista, proscripto em França com o partido Girondino, pela moderação de seus principios, sendo descoberto em Lisboa pelos emigrados realistas francezes, que ahi se achavão, foi por elles denunciado á policia como hum jacobino exaltado. (...)
  • 1873, Latino Coelho, Escritos literários e políticos, tomo I: Elogios acadêmicos
    A temperança de um espartano, a pureza de um girondino, a fé intemerata de um romano.
  • 1907, Euclides da Cunha, Castro Alves e seu tempo
    As décimas fulminantes nem sempre as concebia no cauteloso encerro de certos demiurgos, que abalam tronos, desconjuntam sólios, aluem instituições, viram sociedades pelo avesso, alarmam a polícia e põem o Universo em polvorosa, manipulando os raios de seus pontos de admiração e o sombrio cariz de suas tempestades de sílabas, muito pacificamente engrimponados num tamborete alto, de bruços na secretária bem arrumada. Saltaram-lhe, muita vez, de improviso, num ângulo de esquina, num centro de praça, num camarote de teatro, ou no balcão de uma janela repentinamente aberta, enquadrando-lhe de improviso a formosa figura de girondino diante da multidão revolta e fascinada. E na grande maioria se perderam. Apaziguado o tumulto, os que lhas haviam escutado e aplaudido mal conservavam raros versos, os mais impressionantes, longamente esparsos com estilhas de granadas.
  • 1923, Oliveira Lima, O Movimento da Independência
    Outro argumento brasileiro tinha mais força e era o da necessidade de haver Cortes no Brasil que temperassem a ação do executivo, facilmente despótica sem esse freio. Logo houve quem se aproveitasse de tal receio para insinuar, em vez de um regente único, uma série de vice-reis, tantos quantas as províncias, o que obedecia ao plano persistente de romper a unidade do reino americano - "único e indivisível" dizia Lino Coutinho, arremedando a França da Convenção. Gomes de Carvalho a este propósito mostra a conversão do inteligente baiano, que era dantes um puro girondino, e lembra que José Bonifácio fizera escola. Se Cortes aliás deviam ser só umas, uma só devia também ser a regência, segundo as bases.