Discussão:cia

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di.li.gên.cia[editar]

Não tenho nada contra a divisão silábica de diligência em «di.li.gên.cia» embora eu não divida assim uma palavra em silabas
Embora «cia» seja uma sílaba de algumas palavras, «cia» também é a grafia de três palavras:
  • cia - substantivo;
  • cia - verbo ciar (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
  • cia - verbo ciar (2ª pessoa do singular do imperativo)
Grafias à parte, a fonética de «cia» é a mesma de «sia» (verbo si.ar) e fico sem saber se a divisão silábica de «ele sia, eles siam» é, no Brasil, «si.a, si.am» ou «sia, si.am»
«Siam» ou «ciam» podem ser monossílabos no Brasil?
  • finalidade da pergunta: confirmar a afirmação de que nos verbos da 1ª conjugação (-ar) a 3ª pessoa do singular e a 3ª do plural do presente do indicativo têm sempre o mesmo número de sílabas
Therezzo 01h39min de 10 de outubro de 2008 (UTC)[responder]
Olá Therezzo!
No Brasil a divisão silábica de cia é ci.a, como em Portugal. Só em palavras como diligência, por exemplo, que no Brasil são consideradas paroxítonas terminadas em ditongo, a sílaba cia vai como um bloco só. Note, no entanto, que na palavra diligencia (forma flexionada do verbo diligenciar) a divisão silábica se termina em ci.a, separando o cia em duas partes.
--Valdir Jorge fala! Canadá 10h07min de 10 de outubro de 2008 (UTC)[responder]


Muito obrigado Valdir Jorge pela explicação e como tenho dúvidas se percebi tudo direitinho vou resumir com palavras minhas para você fazer o favar de confirmar se entendi bem ou não.
  • «diligência, sub.» e «diligencia, verbo» são palavras diferentes, quer na pronúncia, quer na grafia porque a sílaba «gên» é diferente da sílaba «gen»
  • «diligência» é proparoxítona quando se considera «cia» como sendo duas sílabas (ci.a) e é paroxítona quando se considera que «cia» é um ditongo que, pela natureza dos ditongos só pode ser uma sílaba.
  • Posso, sendo possível, ditongar dois sons qualquer que seja a posição desses sons na palavra quando os pronuncio, mas para efeitos da contagem de sílabas eu faço-o sem considerar a ditongação que eventualmente se possa fazer ou tenha sido feita
  • No Brasil e fazendo fé no seu saber, os ditongos que possam ser desfeitos são sempre para desfazer antes da contagem das sílabas excepto os ditongos finais das paroxítonas que, com o ditongo final desfeito, seriam proparoxítonas com a sílaba tónica marcada graficamente na ortografia.
  • Resumindo: no Brasil, as paroxítonas terminadas em ditongo e graficamente marcadas com acento gráfico próprio das proparoxítonas nunca podem ser consideradas proparoxítonas.
  • Na verdade não devo ter entendido bem... Therezzo 22h51min de 10 de outubro de 2008 (UTC)[responder]
Olá Therezzo!
Me parece que você entendeu bem. Só para confirmar: palavras como diligência, no Brasil, jamais são consideradas proparoxítonas, são sempre paroxítonas terminadas em ditongo. Já tivemos uma longa discussão a respeito na qual tanto portugueses como brasileiros ficamos surpresos em descobrir que o outro classificava essas palavras de forma diferente.
--Valdir Jorge fala! Canadá 23h28min de 10 de outubro de 2008 (UTC)[responder]
As paroxítonas acentuadas como se fossem proparoxítonas eu já tinha entendido, mas se a divisão indicada em advocacia for considerada correcta penso não haver nada que impeça que cia só tenha uma sílaba, mas também acho que não vale a pena continuar a discussão neste espaço. Therezzo 00h29min de 11 de outubro de 2008 (UTC)[responder]
Olá Therezzo!
A divisão silábica indicada em advocacia está errada, pelo menos no que concerne o Brasil. Nós brasileiros separaríamos o cia nessa palavra porque pronunciamos o ci e o a claramente separados (o que não é o caso em diligência em que o cia é pronunciado de uma vez só, quase que como se fosse cha).
--Valdir Jorge fala! Canadá 09h44min de 11 de outubro de 2008 (UTC)[responder]