Discussão:molete

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Etimologia[editar]

Uma pessoa escreveu: O molete "paõ pequeno ou trigo" têm origem nas invasões francesas em que as tropas de Napoleão estavam sediadas em Valongo perto do Porto, muitas das pessoas que viviam nas aldeias junto aos acampamentos militares serviam de criados aos militares de patente alta. No caso havia um general de nome Mollet e que gostava imenso do nosso pão e do qual não abdicava todos os dias! A pessoa responsável por preparar o pão ao General era uma senhora que por sua vez incumbia o seu filho para o levar ao General e sempre que o pão estava pronto ordenava ao filho "vai levar o pão ao Molete" dai a origem do nome molete.

Molete é uma palavra anterior à invasão napoleônica que aconteceu no 1807. Pode ser comprovado no Corpus Lexicográfico do Português CLP investigando-o sob a ortografia antiga "mollete".--Cpls (Discussão) 22h58min de 12 de julho de 2017 (UTC)[responder]

Esclarecimento oportuno[editar]

O nome de pão introduzido no Porto a partir das Invasões Francesas é o pão chamado pelos franceses: mollett (aportuguesado por adaptação fonética com ô fechado: molette). O apelido do pretenso general napoleónico Moulet, se existiu, era pronunciado em francês “mulê”, o qual nada tem a ver com o nome de pão “mollett” já então usado em França desde o Século XVI. O vício de pronúncia que se verifica ao transformar o valor fonético da vogal “o” em “u” generalizou-se precisamente após o fim das Invasões Francesas, quando os compêndios de gramática portuguesa deixaram de registar que era um erro fazê-lo. Antes disso a tendência entre os portugueses era precisamente ao contrário, transformaram, por exemplo, o verbo “gustare” do latim em gostar (ô), o subatantivo “gustu-“ do latim em gosto (ô). Enquanto, por exemplo, os italianos e espanhóis mantiveram a fonética do latim “gusto”. A maioria dos professores e pessoas ditas cultas transmigrou para o Brasil em simultâneo com a família real e a corte. De modo que o país ficou então desprovido de gente culta para ensinar. Este facto tem consequências até nos nossos dias. Assim, por falta de preservação do conhecimento antigo, nos últimos 20 anos ficou generalizada no Porto a troca do nome “molete” por “biju” (bijou) que é um pãozinho de tamanho mais reduzido do que o molete. Bijou (jóia) era nome do estabelecimento que produzia e vendia o tal pãozinho chamado “bijou”, e cujo proprietário mandou construir o palacete erguido à esquina da Rua de Alexandre Herculano com a Rua do Duque de Loulé (edifício onde esteve a EDP). A história de Ermesinde/Valongo é um mito urbano, pois o mesmo pãozinho que é designado no Porto “molete”, na Alemanha é conhecido pelo nome “französiches Brötchen” (pãozinho francês) e o equipamento para se fabricar o dito pãozinho “molete” era importado até há bem pouco tempo precisamente da Alemanha. Seria muito estranho que o dito general francês Moulet também tivesse ocupado o território da actual Alemanha (então Prússia) e igualmente tivesse introduzido lá o pãozinho francês (französiches Brötchen) trazido de Valongo.