Discussão:esparadrapo

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Continuo sem me entender com o que poderá significar (Regionalismo - Portugal) e (Regionalismo - Brasil)
"Regionalismo" só pode ser expressão própria de uma região/provincianismo, logo não se pode indexar a países inteiros/globais.
O esparadrapo é um termo da língua portuguesa válido em qalquer parte do mundo: é um penso curativo.
No Brasil evoluiu semanticamente para penso curativo "autoaderente"/"autoadesivo" que em Portugal se diz ser um penso rápido. Não há regionalismos.
Se se entender que este dicionário é vocacionado para o português (a língua oficial comum dos países da CPLP) qualquer coisa terá que se mudar no verbete.
Diabo e Santo


Vamo-nos pôr no lugar dum jovem timorense que nem sequer utiliza o português para ir ver a Deus todos os domingos, mas que precisa dele se quiser ser um simples funcionário público.
Se esparadrapo é apenas regionalismo, ele poderá entender que não necessita do termo para nada. O pior é que o termo é de uso quotidiano no Brasil (ou eu penso que o seja).
Este dicionário não deve considerar regionalismo um termo que, num país com 200 milhões de falantes, é utilizado todos os dias.
Diabo e Santo


Oi Diabo,
Eu discordo, pois regionalismo refere-se a uma regiâo e, considerando-se o total sendo todos os lugares do globo onde se fala o português então cada uma das acepções descrita é um regionalismo.
Quanto ao achar que a classificação como regionalismo é algo insignificante - no caso do jovem exemplificado - acho puro preconceito pois: regionalismo não é sinônimo de gíria ou de palavra não atestada.
Sendo diferente os significados, acho imprescindível a classificação como regionalismo pois, por exemplo, no Brasil não é de senso geral utilizarmos esparadrapo como sinônimo de emplastro.
Voz da Verdade 16:01, 11 Dezembro 2006 (UTC)

Durex[editar]

É marca comercial. Caberá como sinônimo de esparadrapo?--antoniolac 22:14, 14 Janeiro 2007 (UTC)

Acho que sim - é muito utilizado no Brasil o termo durex. Aparece em dicionários como o Houaiss mas não no site da ABL.
 ►Voz da Verdade♪ conversar 16:15, 15 Janeiro 2007 (UTC)

Entrou para a Língua Portuguesa em 1836 vindo do francês sparadrap 1314 < sparadrapu, regista A.Houaiss, sem assinalamento de Regionalismos. Consultados outros dicionários, portugueses e brasileiros, não havendo sinais de Regionalismos. Os regionalismos assinalados no verbete pertencerão ao idiolecto/idioleto do editor, não à Língua Portuguesa. Da Etimologia, há correntes defendendo a origem no Latim Medieval, sparadrapum, como também do italiano sparadrappo. Seguimos a primeira por ter mais adeptos.--antoniolac 00:14, 29 janeiro 2007 (UTC)


Estou lendo sem enxergar. Você está completamente certo nas acepções, Antonio.
Não sei o que passou na minha cabeça cometendo erro tão crasso nas sinonímias; ainda por cima associando à acepção 2. Peço desculpas.
Quanto ao regionalismo, tem algum sentido:
  • no Brasil, é somente uma fita adesiva para se usar em curativos;
  • em Portugal é revestido com substância medicamentosa.
Peço aos amigos portugueses que confirmem.
Quanto à etimologia, não vejo razão de se tirar uma das formas controversas. Cabe ao leitor decidir qual aceitará.
Eu acho que editei este verbete pensando em fita adesiva ou em qualquer outra disfunção mental me acometeu.
Obrigado pela paciência,
 ►Voz da Verdade♪ conversar 14:11, 29 janeiro 2007 (UTC)

Apenas duas notas para alimentar a discussão:
i - Antes de 1836, a coisa que passou a ser nomeada por esparadrapo já existia? Se sim, como se nomeava? Onde foi parar essa palavra?
ii - Hoje, no 7º ano do século XXI, pode-se fazer dialogia com o vocábulo "esparadrapo"? Se sim, os "dialogismos" formados são correctamente descodificáveis por todos os falantes (tenham os idioletos que tiverem) da língua portuguesa?
Diabo e Santo 15:11, 29 janeiro 2007 (UTC) P.S. estas notas entraram em rota de colisão com o texto do Voz que entrou primeiro


Agora vou deixar falar a minha experiência vivida em Portugal que não tem qualquer valor:
i - em meados do século XX o vocábulo "esparadrapo" nunca foi um termo quotidiano para mim quando se falava de feridas ou partes doentes do corpo a necessitar de tratamento ou protecção
ii - usavam-se os vocábulo "penso" ou "compressa" que se fixavam à pele, quer com ligaduras, quer com adesivos
iii - o adesivo era (e ainda é) uma fita de pano com cola apenas numa face, mas a cola só se retira facilmente da pele com éter.
iv - a compressa era (e ainda é) de gaza (tecido) esterilizado dobrado e redobrado para o tamanho adequado
v - o penso pode ser de gaza, algodão, ou de outro material que proteja e dê para se juntar princípios activos
vi - na fita adesiva (com cola apenas numa face) o pano foi substituído por plástico (fita isoladora para os electricistas e fita cola para os amanuenses e similares)
vii - com o aparecimento de dois em um (penso+adesivo) surgiu o penso rápido que, se se juntar um medicamento, pode ser um penso rápido curativo ou, simplificando, um penso curativo, ou até, pensos "doseadores" de medicamentos absorvíveis através da pele (está na moda os pensos para o combate ao tabagismo)
viii - nesta estória ainda há lugar para o penso higiénico que hoje é (sempre) "descartável", mas nem sempre foi assim e não sei seguir a evolução da nomeação da coisa, quer em Portugal, quer no Brasil.
ix - a evolução das nomeações das coisas não me preocupa. Preocupo-me em saber como as coisas estão hoje a ser nomeadas pelos falantes do português de terra para terra, de região para região, de país para país.
Diabo e Santo 17:17, 29 janeiro 2007 (UTC)

Oi Diabo e Santo,
Ótima dissertação e explicação sobre o uso em Portugal. Não posso opinar sobre isso já que, infelizmente, estou restrito ao meu conhecimento pequeno do Brasil. Também não tenho conhecimento suficiente para opinar sobre a etimologia do mesmo.
Passo-lhe a vez para alterar e modificar o verbete de modo que se adeque do melhor jeito ao uso europeu.
Um abraço,
 ►Voz da Verdade♪ conversar 22:43, 29 janeiro 2007 (UTC)
Olá Voz,
O conhecimento no Brasil é enorme, pujante e cheio de juventude. Uma maravilha!
Para aceitar a "passagem da bola" necessitava que me confirmasse se ainda usam/conseguem descodificar o vocábulo "penso" e a expressão "penso rápido" e, no caso afirmativo, qual o significado mais corrente.Diabo e Santo 01:18, 30 janeiro 2007 (UTC)
Oi Diabo e Santo,
Muito obrigado pelos elogios ao Brasil, mas é que eu escrevi errado acima - corrigi para "meu conhecimento pequeno do Brasil".
Apesar de estar registrado nos dicionários faz muito tempo que não ouço aqui no Brasil o uso da palavra penso como curativo. Meus avós usavam esta palavra assim.
"Penso rápido" nunca ouvi por aqui; mas, não posso responder por todo país já que ele é muito grande e diversificado. Por aqui, existe a expressão popular "pensar rápido" que algumas vezes é usada como "reagir rapidamente".
O "penso higiênico" é conhecido aqui como "absorvente íntimo" ou simplesmente, "absorvente".
Um abraço, e obrigado pela boa informação descrita acima,
 ►Voz da Verdade♪ conversar 03:38, 30 janeiro 2007 (UTC)
Voz,
Por muito pequeno que seja o seu conhecimento do Brasil o meu é mil vezes inferior.
Se, nos dias de hoje, não se usa por aí a palavra penso como curativo qual é a palavra que se usa?
Ou, qual é a palvra mais usual aí para nomear estas coisitas [[1]]?
O verbo pensar (penso) rápido ou lento tem, tanto quanto sei, o mesmo significado e uso.
Somos uns rapazes cheios de sorte por ainda não existir o artigo absorvente e por haver muito boa gente, mesmo por aqui, a tratar mal esta nossa língua - veja o texto explicativo em português europeu na embalagem da imagem que disponibilizei.
Diabo e Santo 12:55, 30 janeiro 2007 (UTC)
Diabo,
Aqui em São Paulo, o que você mostrou é popularmente chamado de band-aid (nome de marca) mas, fora este uso comum, a palavra é curativo (nome utilizado pelas outras marcas).
Quando adicionado de medicamento, usa-se aqui mais o termo emplastro ou emplasto, apesar de como disse, algumas pessoas ainda conhecem penso com este significado também.
 ►Voz da Verdade♪ conversar 15:39, 30 janeiro 2007 (UTC)

Etimologia[editar]

Há ainda o francês sparadrap.

*Houaiss: prov. do fr. sparadrap (1314 sob a f. speradrapu) 'id.', do lat.medv. sparadrapum, considerado por alguns
autores de orig.obsc.; há quem derive o voc. de um v. lat. spargere com o sentido de 'estender' ou de um antigo v.
esparer 'estender' + fr. drap; a proceder tal orig., o sparadrap seria um tecido (drap) estendido sobre o qual se 
aplicou um ungüento; há quem veja a interveniência de um it. sparadrappo; f.hist. 1836 sparadrapo
*Da Cunha: Do it. sparadrappo ou do fr. sparadrap, deriv. do lat. med. sparadrapus

-- Haomon 20:06, 30 janeiro 2007 (UTC)