Citações:miséria

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  • 1938, Benito Mussolini, O Estado Corporativo
    Há em todas as sociedades nacionais uma miséria inevitável. Há muita gente que vive à margem da sociedade: ocupam-se dela, instituições especiais. Entretanto o que aflige o nosso espírito é a miséria dos homens sãos e fisicamente capazes, que procuram ansiosamente e em vão trabalho.
    A ciência moderna conseguiu multiplicar as possibilidades da riqueza; esta ciência controlada pela vontade do Estado, deve resolver o outro problema, que é o da distribuição da riqueza, de modo que não se verifique mais o fato ilógico, paradoxal, e ao mesmo tempo cruel, da miséria no meio da abundância. Para esta grande criação, é necessário a união de todas as energias e de todas as vontades.
    Muitas esperanças nesta época de confusão universal, de miséria aguda e de forte tensão política, acompanham, não só na Itália como no estrangeiro, o surgir das Corporações.
  • 1965, Álvaro Cunhal, “Rumo à Vitória”, citado in O Fascismo, a Revolução, a Contrarrevolução em Portugal e o Papel da Economia Política, citado por Manuel Catarino in: O Fascismo, a Revolução, a Contra-revolução em Portugal e o Papel da Economia Política.
    ”Os fascistas atribuíam o atraso e a miséria de Portugal à "tese" da "pobreza natural do país", como se "a nós, portugueses, nos coubera o pior quinhão do planeta". Desconstruindo esta tese de forma científica, Álvaro Cunhal afirma que os recursos naturais do país eram "suficientes para garantir o bem-estar material a todos os portugueses" (idem), mas que tal realização tinha como obstáculo o domínio da economia (e a exploração em seu proveito) por onze grandes grupos monopolistas, por várias centenas de latifundiários e pelo imperialismo estrangeiro - domínio esse apoiado por um governo fascista, que os servia. Álvaro Cunhal justificou assim o atraso e a miséria de Portugal, bem como a posição do país no último lugar à escala dos países europeus.”
  • 2020, Manuel Catarino, (id)
    ”Também na agricultura o processo de concentração da propriedade agrícola foi acelerado pelo regime fascista, tendo acentuado o carácter obsoleto das estruturas agrárias, condenado o sector ao atraso e à estagnação e os seus trabalhadores, bem como os pequenos e médios agricultores, a uma vida de extrema dificuldade e até miséria.”